O valor apontado no relatório preliminar do Ministério do Interior e das Comunicações foi abaixo do que o esperado pelo mercado - em torno de 4% a 4,2%. Desde março de 1998 a taxa de desemprego não era tão baixa, quando também alcançou 3,8 pontos percentuais. O número também é o menor entre os países G-7 (as sete nações mais industrializadas do mundo), cujos índices oscilam entre 4% a 8% de desemprego.
O governo atribui os números positivos à melhora do mercado de trabalho para os jovens. “Por trás das melhoras nos índices, há uma visível queda no desemprego entre pessoas de 15 a 24”, disse um funcionário do ministério. Os números também refletem o esforço do governo em aumentar a oportunidade de emprego para os recém-formados. Pelos dados de abril, houve uma queda de mais de 1,3% nos níveis de emprego para jovens do sexo masculino e feminino. Atualmente, somente 8% dos homens de 15 a 24 anos não estão trabalhando, enquanto 6,9% das mulheres nessa faixa de idade encontram-se sem emprego.
O número recorde de desemprego é resultado de uma tendência de queda que já dura 17 meses. Em abril, haviam 2,68 milhões de desempregados - queda de 160 mil em comparação com o ano anterior.
Por setor, as indústrias que mais empregaram foram de manufatura, transporte e as áreas médicas e de bem-estar social. Em compensação, o setor de serviços e de construção tiveram a maior queda em abril.
Economistas dizem que o resultado positivo sobre o desemprego - acrescentado ao aumento do consumo interno - pode representar uma virada na economia japonesa. E isso pode refletir no aumento das remunerações dos trabalhadores, segundo Takuji Aida, economista chefe do banco de investimentos Barclays Capital Japan. “Com a expectativa de falta de mão-de-obra, as empresas esperam manter trabalhadores aumentando as remunerações”, disse Aida. O economista acrescenta também que a contratação de empregados regulares também tende a aumentar.
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